Atualidades e Gente / Cynthia entrevista Zibia Gasparetto
"As religiões vão morrer"
“As religiões vão morrer. O homem não precisa de intermediários. A essência divina está dentro dele e pode ser acessada diretamente.” Como a senhora chegou a essa conclusão?
As religiões têm um problema grave: dizer que o homem não é nada. Que é um pobre coitado, um pedinte, um servo. Isso não está certo, pois fomos criados à semelhança de Deus. Mas precisamos desenvolver nosso potencial, e por essa razão que estamos aqui: para aprender a lidar com os desafios e viver melhor. Acertar e errar, procurar novos caminhos, desenvolver a consciência e o espírito e colher os resultados das coisas nas quais acreditamos e das ações que praticamos.
Os fãs do cinema ficaram surpresos com o último filme de Clint Eastwood, Além da Vida. Por que a senhora acha que ele resolveu fazer um filme sobre esse tema?
É bem provável que ele tenha recebido uma mensagem. Mas muita gente não gosta de comentar, fica na dúvida. Receber um chamado muda uma vida.
Muda como, dona Zibia?
Você fica com outra visão. Supera o medo de morrer. Se perde alguém da família, suporta melhor, pois sabe que a pessoa querida foi para outro lugar, que a morte não é o fim, é uma viagem. Sabe que pode estudar até com 84 anos, como eu, pois está amealhando conhecimento para o espírito, que é eterno. Quer melhor do que isso?
O que a senhora está estudando?
Por exemplo, o livro do Deepak Chopra, Mente sem Idade, Corpo sem Fronteiras, porque a velhice chega mesmo e traz limitações em muitos aspectos. É preciso lidar com ela.
Mas a senhora não me parece limitada em absolutamente nada.
Como não? Perdi o equilíbrio que tinha. Eu dançava até as 4 da manhã, agora não aguento. Mas minha alegria continua. Gosto de cantar, dançar, brincar...
Por que, ao contrário de Chico Xavier, a senhora vende seus livros?
O dinheiro é considerado uma coisa terrível. É pecado ser rico, ter dinheiro, dizer que quer ter uma vida boa, conforto, facilidades. Mas o nosso espírito, que é rico, gosta de tudo isso. O dinheiro é valor e, como outros valores, depende de como você usa. Hoje temos uma empresa com 150 funcionários, aos quais procuramos dar todo o apoio. Depois de tantos anos trabalhando para a pessoa pobre, descobri que a melhor ajuda é para quem trabalha. O conhecimento é a maior riqueza que você pode dar. É a verdadeira ajuda. Mas isso não tem nada a ver com a espiritualidade. É meu papel de cidadã.
Fonte.Revista Claudia
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