Acessos

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Quanto nós merecemos ?

O ser humano é um animal que deu errado em várias coisas.
A maioria das pessoas que conheço, se fizesse uma terapia, ainda que breve, haveria de viver melhor. Os problemas podiam continuar ali, mas elas aprenderiam a lidar com eles.Sem querer fazer uma interpretação barata ou subir além do chinelo: como qualquer pessoa que tenha lido Freud e companhia, não raro penso nas rasteiras que o inconsciente nos passa e em quanto nos atrapalhamos por achar que merecemos pouco.
Ilustração Atomica Studio
Pessoalmente, acho que merecemos muito: nascemos para ser bem mais felizes do que somos, mas nossa cultura, nossa sociedade, nossa família não nos contaram essa história direito. Fomos onerados com contos de ogros sobre culpa, dívida, deveres e… mais culpa.Um psicanalista me disse um dia:– Minha profissão ajuda as pessoas a manter a cabeça à tona d’água. Milagres ninguém faz.Nessa tona das águas da vida, por cima da qual nossa cabeça espia – se não naufragamos de vez –, somos assediados por pensamentos nem sempre muito inteligentes ou positivos sobre nós mesmos.As armadilhas do inconsciente, que é onde nosso pé derrapa, talvez nos façam vislumbrar nessa fenda obscura um letreiro que diz: “Eu não mereço ser feliz. Quem sou eu para estar bem, ter saúde, ter alguma segurança e alegria? Não mereço uma boa família, afetos razoavelmente seguros, felicidade em meio aos dissabores”. Nada disso. Não nos ensinaram que “Deus faz sofrer a quem ama”?Portanto, se algo começa a ir muito bem, possivelmente daremos um jeito de que desmorone – a não ser que tenhamos aprendido a nos valorizar.Vivemos o efeito de muita raiva acumulada, muito mal-entendido nunca explicado, mágoas infantis, obrigações excessivas e imaginárias. Somos ofuscados pelo danoso mito da mãe santa e da esposa imaculada e do homem poderoso, pela miragem dos filhos mais que perfeitos, do patrão infalível e do governo sempre confiável. Sofremos sob o peso de quanto “devemos” a todas essas entidades inventadas, pois, afinal, por trás delas existe apenas gente, tão frágil quanto nós.Esses fantasmas nos questionam, mãos na cintura, sobrancelhas iradas:– Ué, você está quase se livrando das drogas, está quase conquistando a pessoa amada, está quase equilibrando sua relação com a família, está quase obtendo sucesso, vive com alguma tranqüilidade financeira… será que você merece? Veja lá!Ouvindo isso, assustados réus, num ato nada falho tiramos o tapete de nós mesmos e damos um jeito de nos boicotar – coisa que aliás fazemos demais nesta curta vida. Escolhemos a droga em lugar da lucidez e da saúde; nos fechamos para os afetos em lugar de lhes abrir espaço; corremos atarantados em busca de mais dinheiro do que precisaríamos; se vamos bem em uma atividade, ficamos inquietos e queremos trocar; se uma relação floresce, viramos críticos mordazes ou traímos o outro, dando um jeito de podar carinho, confiança ou sensualidade.Se a gente pudesse mudar um pouco essa perspectiva, e não encarar drogas, bebida em excesso, mentira, egoísmo e isolamento como “proibidos”, mas como uma opção burra e destrutiva, quem sabe poderíamos escolher coisas que nos favorecessem. E não passar uma vida inteira afastando o que poderia nos dar alegria, prazer, conforto ou serenidade.No conflitado e obscuro território do inconsciente, que o velho sábio Freud nos ensinaria a arejar e iluminar, ainda nos consideramos maus meninos e meninas, crianças malcomportadas que merecem castigo, privação, desperdício de vida. Bom, isso também somos nós: estranho animal que nasceu precisando urgente de conserto.Alguém sabe o endereço de uma oficina boa, barata, perto de casa – ah, e que não lide com notas frias?
Lya Luft
Revista veja edição 1935
Fonte.Google

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Torne-se a luz do seu universo

Dê um chega-pra-lá nos pensamentos ruins e cultive o que há de melhor. Assim, você conquistará tudo que deseja Por Luiz Gasparetto


Eu reservei esta edição para dizer que você tem luz. Explico melhor: sabe aqueles dias em que você acorda e se sente completamente iluminada, alegre, poderosa, confiante, e tudo corre às mil maravilhas? Pois bem, quero dizer que esse estado de espírito é genuíno, faz parte de você. Sempre. Você vai me questionar: Mas em certos dias sou atingida por um desânimo profundo e uma desesperança. Por que isso acontece?. Simplesmente porque você se deixa levar por pensamentos contrários ao seu bem-estar. Eu reforço: a luz está dentro de você, em todos nós. Isso é fato! Mas sua cabeça e suas atitudes é que irão mantê-la acesa ou não. Se você estiver insegura, com medos infundados, sempre pensando nas causas e nos efeitos para poder agir, seja qual for a situação, dificilmente a luz se acenderá. Esse estado eu chamo de euzinho fechado. Por outro lado, quando você estiver entusiasmada e confiante nas próprias idéias e objetivos, a luz brilhará e iluminará seus caminhos. Eu classifico esse estado de euzão aberto.A pessoa que vive no euzinho fechado mantém idéias rígidas e não admite mudanças. É aquele sujeito que passa o dia todo envolvido com preocupações sem fundamento e quer controlar as pessoas que vivem ao redor e o próprio futuro, se possível. Isso não faz sentido, minha gente! Quem vive no euzão aberto, por sua vez, é contemplado com criatividade, idéias e pensamentos novos, iniciativa e muita prosperidade. É aquele que confia no poder da luz, no infinito. Com essa postura, a vida simplesmente flui. Surgiu um problema? O melhor caminho é relaxar e jogar essa questão nas mãos da luz. Ela, sim, é infinita e, com certeza, terá uma solução. Confie nela e você se surpreenderá!Desperte, leitora! E diga a si mesma: Eu não sou fruto de idéias, eu as faço. E as faço exatamente como quero. Não posso desprezar essa dádiva que o universo me deu. Vou usufruir. Isso é fantástico! Eu posso pensar o clima que quero criar, expandi-lo e, com isso, ter tudo que desejo. Minha cabeça pode até ser bombardeada por um monte de coisas, mas eu escolho. Quando ela não está registrando idéias bacanas, dou um chega-pra-lá nos pensamentos ruins e imagino o que eu quero. Alinho minha mente apenas com o que é bom. Meu peito se abre e eu ocupo o meu espaço, que é de puro prazer. O prazer, aliás, não vem porque tudo lá fora é simplesmente favorável. Ele vem porque eu, aqui dentro de mim, tenho um olhar focado no que há de melhor e sei criar estados maravilhosos. Sou a verdadeira luz.É, leitora... Quando você cultiva bons pensamentos, vibra na onda do universo e do espírito. Este, por sua vez, explode dentro de si numa satisfação imensa, e isso faz você vibrar por inteiro. Você não vai conseguir ter prazer consigo mesma e com a vida se não aprender a cultivar o melhor. Isso é alma. É empolgação, dedicação, capricho. Pense o melhor e vá trocando os pensamentos até encontrar aquele que desperte os melhores sentimentos e as melhores sensações em você. Não importa como seja a realidade: o que importa é o lugar onde você se coloca.

Fonte.Revista AnaMaria